30/07/2016

VÍDEO: Médico é demitido após debochar da simplicidade de paciente

Olha o nível de nossos médicos coxinhas sem noção

Vem cá doutô, e se este vivente paciente que vistes  como um ser qualquer guardar dentro de si um personagem capaz de se expressar dentro da sua simplicidade e assim transformar o mundo ou se, se se tratar de pessoa incapaz de uma expressão mínima na fala ou teatro ou desenho,,..qual o problema....,e por acaso não se trata de um cidadão que ajudou o a custear seus estudos na escola pública ou na particular mantida por alguma bolsa de estudo ou, se em universidade paga, não se esqueça que neste pais os ricos não pagam impostos, o 1% da população não paga imposto, ou seja, nós mantemos essa casta sanguessuga....

claro, que se trata de um cidadão brasileiro que trabalha para sustentar este pais, para manter os serviços públicos de saúde, educação, cultura, como por exemplo a UNESP, uma universidade pública e portanto custeado pelo povo.

Que os cientistas, ao invés de delatar depreciar matar o outro [personagem ou não], tire-lhe o chão, faça-lhes reverências mil, pois foi esse povo simples e analfabeto que custeou-lhe os estudos e deu-lhe esse uniforme branco, assim como a toga do magistrado que,  como por exemplo Moro, Janot etc caterva tem transformado as Instituições em organizações criminosas;....,,,,..sim doutô, "uma imagem vale mais que mil palavras": olhe-se no espelho

 no sentido não de relatar com fidelidade à verdade mas de tão somente delatar desprecisar o outro: onde está escrito desprecisar leia-se depreciar,,,ah tanto faz: os erros nos levam a acertos

(   ) tome tento


VÍDEO: Médico é demitido após debochar da simplicidade de paciente nas redes sociais, por Itapetinga Reporter


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Um médico plantonista de um hospital em Serra Negra (SP), foi afastado do trabalho após ter uma foto sua publicada numa rede social com o título “Uma imagem fala mais que mil palavras”.

Assista:
Na foto, Guilherme Capel Pasqua mostra o receituário médico com o seguinte dizer: “Não existe peleumonia e nem raôxis”. Durante a tarde, o médico enviou um comunicado em que pede desculpas a todos que se ofenderam com a postagem.
Vinte minutos antes da postagem, na quarta-feira (27), o médico havia atendido o mecânico José Mauro de Oliveira Lima, 42 anos, que estudou até o segundo ano do ensino fundamental e não sabe como falar corretamente algumas palavras. Seu enteado, o eletricista Claudemir Thomaz Maciel da Silva, de 25 anos, o acompanhava na consulta e revela que, assim que souberam o diagnóstico, o mecânico perguntou sobre o tratamento para a “peleumonia”. A reação do médico não foi muito profissional, afirma Claudemir.
“Quando meu padrasto falou pneumonia e raios X de forma errada, ele deu risada. Na hora, não desconfiamos que ele iria debochar depois na internet. O que ele fez foi absurdo. O procurei e escrevi para ele na rede social que, independente dele ser doutor, não existe faculdade para formar caráter. Assim que ele viu minha postagem, apagou a foto.  Ele não quis conversar com a gente”, diz Claudemir.
O eletricista conta que o padrasto ainda não sabe que virou assunto na internet e teme pela reação dele. Claudemir diz que o mecânico não pôde estudar por falta de dinheiro. “Meu padrasto não sabe falar direito porque não teve estudo. Ele vai ficar muito triste quando souber o que aconteceu, estamos evitando contar, mas ele vai acabar descobrindo. Ele trabalhava como cozinheiro aqui em Serra Negra e depois se tornou mecânico. Lembro que ele estudava, mas precisou abandonar as aulas para cuidar de mim. Tive tuberculose aos dois anos e, nessa época, ou ele estudava ou pagava meus remédios”, lembra.
Indignação
Outros parentes e amigos da família ficaram indignados com a postagem do médico e começaram a reproduzir a foto. “Não podemos aceitar esse tipo de pessoa se julgando melhor do que outras pessoas que estão convalescente e não teve a mesma escolaridade que um cidadão que se julga melhor que outros seres humanos por causa de seu diploma, volta pra sua faculdade e aprende um pouco mais sobre Ética e cidadania (sic)”, reclamou um morador.
“Os pacientes têm que ser tratados com respeito, poderia ter sido com alguém da minha família. As pessoas não têm obrigação de saber falar direito, na maioria das vezes, são pessoa humildes, com dor e não estão preocupadas se estão falando certo ou errado”, disse outra pessoa. As críticas foram ainda direcionadas a outras duas funcionárias do hospital que, assim como o médico, debocharam da forma como os pacientes costumam falar na unidade. Uma das funcionárias postou: “Tira minha pressão? Porque eu tenho tiroide”. Assim como o médico, elas também foram afastadas.
Sindicância
Formado pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), o médico disse que não teve intenção de ofender e pediu desculpas aos que falam peleumonia ou raôxis. Ele acredita que é o contexto social que define as regras do português. Disse também que não estava trabalhando no momento e que fazia uma brincadeira entre os médicos que tem um grupo em rede social e que vai processar quem postou a foto. O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) informou que vai instaurar uma sindicância para avaliar a conduta do médico.
Desculpas: “Foi uma brincadeira”
O médico Guilherme Capel, que publicou foto zombando da maneira como alguns pacientes falam, enviou ao G1 um comunicado em que pede desculpas a todos que se ofenderam com a postagem. Nela, o médico segura um receituário com as seguintes palavras: “Não existe peleumonia e nem raôxis!”. Ele classificou a foto como uma “brincadeira de Facebook” e pediu para não ser julgado.
Plantonista no Hospital Santa Rosa de Lima, em Serra Negra (SP), ele foi afastado do trabalho após a publicação da foto se tornar objeto de debate entre os moradores da cidade. Ofendidos, eles reclamaram via redes sociais do tratamento dispensado e do que classificaram como “falta de humildade”. O médico e outras duas funcionárias que fizeram comentários depreciativos na foto foram afastados do hospital.
No comunicado, Guilherme frisa que “a denúncia é mentirosa e nunca aconteceu”, diz ser uma pessoa íntegra, idônea, que faz trabalho voluntariado com os menos favorecidos e que nunca agrediria alguém desta forma. “Nunca endereçaria a piada ainda mais a um paciente”, diz o comunicado. No texto, o médico diz que sua “imagem foi exposta a sociedade brasileira como um médico que maltrata as pessoas”. Guilherme afirma ainda já ter salvado muitas vidas naquele hospital e que todos os  colegas que o conhecem sabem que ele jamais faria isso com alguém. Ao fim da mensagem, o pedido de desculpas: “Gostaria de deixar um pedido público de desculpas se alguém por ventura se ofendeu com a postagem, que foi uma brincadeira de Facebook. E um último pedido: não me julguem sem apurar a verdade. É um pedido que eu faço ao Brasil”.
A espera de uma ligação
O eletricista Claudemir Thomaz Maciel da Silva, de 25 anos, que desabafou na internet ao ver a postagem do médico, diz ter certeza de que a ofensa tinha endereço certo: seu padrasto José Mauro de Oliveira Lima, 42 anos. “Tenho o print da postagem dele, com o horário em quem ele publicou a foto. A gente tinha acabado de sair da consulta e meu padrasto, que não tem instrução, tinha falado peleumonia e raôxis. Eu estava lá, eu ouvi.É assim que ele fala. Eu tenho até o raios-x feito no hospital a pedido do médico”, conta Claudemir.
Assustado com a repercussão, o eletricista diz que seu padrasto ficou muito chateado ao saber da publicação da foto e que espera um pedido de desculpas, ao menos, por telefone: “Ele ficou chateado e espera que o médico peça desculpas. A gente é humilde, de família simples, do interior. Não achava que tomaria essa proporção, era um desabafo na internet. Espero que ele tenha consciência. Tentei ligar para ele, mas não consegui, ele não me atendeu. Educação é o início de qualquer conversa. Me padrasto queria ir no hospital conversar com o médico. Se ele ligar para mim, vai ser uma glória”, conclui o eletricista.



29/07/2016

A caçada à Lula é luta contra a corrupção ou luta de classes?


Álbum da famiglia....

Evidente que não se trata de luta contra a corrupção, isso Lula fez ao empoderar essas Instituições que hoje o perseguem como parte de um golpe que destituiu uma presidente eleita sem que a mesma tivesse cometido que justificasse a sua destituição.

Como sabemos, a partir de 2003 Lula concedeu uma série de benefícios aos excluidos, o que essa elite que é a mais atrasada do mundo, jamais aceitou. Com sua arte de negociar, Lula implementou uma política baseada na conciliação de classes, agora recusada pelo deus mercado e seus aparelhos: midia, moro, mpf etc caterva. Tá na nossa história esse ciclo que volta como carma, talvez porque a senzala nunca se rebelou, o que dá força a esta burguesia pilantra, donos dos meios de produção e com seus cães de guarda, assim assediaram tanto Getúlio Vargas a ponto de optar pelo suicidio, e quem não suicidou foi suicidado: Jango, JK..,..Mauro Santayana, em 2006, desenhou muito bem...


O Brasil precisa fazer uma coisa que os paises civilizados fizeram: decepar a cabeça dessa hydra de lerna chamada ministério público. Trata-se do crime organizado em forma de Instituição, como tem completado o Paiva: uma Organização Criminosa Institucional, o que de fato o é....,...quando os EUA se depararam com promotores excluindo ou escondendo as provas de inocência dos réus, houve um grande esforço no sentido de enquadrar esse funcionários públicos que aqui foram transformados em deuses.
EUA criam sistema de controle no MP para evitar condenações erradas, por João Ozório de Melo, no Conjur
http://www.conjur.com.br/2014-jul-08/eua-criam-sistema-controle-mp-evitar-condenacoes-erradasLula foi destituido da sua condição de cidadão e, na condição de não-cidadão, encontra-se à mercê de uma série de abusos cujo entendimento é explicado pelo Direito Penal do Inimigo
Direito Penal do Inimigo: da Alçada à Lava Jato

28/07/2016

Está havendo um confisco e ninguém sabe...


CONFISCO

um amigo que tem depósito na poupança está apavorado, pois a grana dele está perdendo valor e como a inflação não está sendo contabilizada pelo governo golpista e portanto não está sendo repassada para reajustar a poupança, ele me disse que está sendo é confiscado, como fez Collor, só que os golpistas são mais sutis...vão desvalorizar o salário minimo também que, para eles está alto..entendeu...


27/07/2016

Tipos de Spin no Face



dormindo sonhei olhei fui vários containers de madeira no lado de fora do muro, no final de uma rua interrompida interrompida de uma esquina a outra da quadra para esta obra..,..nas duas últimas quadras, a esquerda e a direita transformadas de espaço virtual em presencial: cada spin blogueiro ou médico ou curador ou historiador num ponto ou cantainer com uma luz no seu interior e enumerados com algarismos romanos de 1 a 70, sendo 35 de cada lado: I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX, X, XI, XII...

Segue link para alguns tipos de spin, cada um dono de um container na rua transformada em instauração

https://www.blogger.com/profile/03127733733783902981

De forma específica

XV- Spin Cantor
https://www.facebook.com/Cantor-SPIN-204435589888371/?ref=bookmarks

XIV - Golpista
https://www.facebook.com/governancas/?ref=bookmarks

XIII- Historiador
https://www.facebook.com/passado70/?ref=bookmarks

XII- Espiritual
https://www.facebook.com/codigo70/?ref=bookmarks

XI- Promoter ou eventos...
https://www.facebook.com/Promoter-SPIN-163256120687516/?ref=bookmarks

X- Assemblagehttps://www.facebook.com/observando3/?ref=bookmarks

IX- Interlocutor
https://www.facebook.com/Ney-Matogrosso-Spin-Cantor-Liberdade-910235982439173/?ref=bookmarks

VIII- Spin Bode
https://www.facebook.com/Bode-SPIN-1589753577991378/?ref=bookmarks

VII- Spin Executor
https://www.facebook.com/Executor-SPIN-1814873778743393/

VI- Spin Legislador
https://www.facebook.com/Legislador-SPIN-538029356400657/?ref=bookmarks

V- Spin Curador
https://www.facebook.com/Curador-SPIN-1179066282145647/?ref=bookmarks

IV- Spin Verbalizador
https://www.facebook.com/Verbalizador-SPIN-1086856931399698/?ref=bookmarks

III-  Spin Sexual
https://www.facebook.com/Sexual-SPIN-1094145443985495/?ref=bookmarks

II- Spin Social
https://www.facebook.com/Social-SPIN-154356051637727/?ref=bookmarks


I- Spin Escritor
https://www.facebook.com/Escritor-SPIN-175776799502322/?ref=bookmarks


Escaninhos gerais ou não de forma exata ou específica, no total de 6 páginas

1- Governança
https://www.facebook.com/governo70/?ref=bookmarks

2- Arte
https://www.facebook.com/Arte-1751300228425573/?ref=bookmarks

3- Eventos
https://www.facebook.com/Eventos-1025744644212304/?ref=bookmarks

4- Códigos
https://www.facebook.com/C%C3%B3digos-708940089243791/?ref=bookmarks

5- Coisas a traduzir compreender ou em observação
https://www.facebook.com/Observando-686172158198286/?ref=bookmarks

6- O passado presente
https://www.facebook.com/O-Passado-Presente-1643770022606175/?ref=bookmarks


Grupos fechados

1- Aluane - Saturno: 27/5 a 7/8
https://www.facebook.com/groups/1668168776839288/

2- Spin - Saturno: 27/5 a 7/8
https://www.facebook.com/groups/305605099775415/

3- Babidu
https://www.facebook.com/groups/998294600291373/

26/07/2016

Hospital da Loucura chega ao fim e obras de arte de pacientes artistas são destruídas

Não podemos permitir que a indústria da morte substitua a vida, todos juntos pelo retorno deste projeto de Vitor Pordeus:

Hotel da Loucura chega ao fim com exoneração de idealizador
Secretaria Municipal de Saúde coloca fotógrafo à frente do tratamento de pacientes psiquiátricos; projeto funciona no Instituto Nise da Silveira
Por Thalita Pessoa, em O Globo

RIO — Uma das inscrições nas paredes do terceiro andar da Casa do Sol do Instituto Municipal Nise da Silveira, o antigo Hospital Psiquiátrico Pedro II, no Engenho de Dentro, avisa: “Ser artista é ser maluco, ser artista é ser louco, ser artista é tudo isso e mais um pouco". Talvez seja essa a razão pela qual o Hotel da Loucura, projeto iniciado em 2012 para tratar, através da arte, pacientes psiquiátricos, e que ocupava quatro enfermarias abandonadas no local, tenha dado tão certo na missão de trazer mais consciência àqueles tachados de “não sãos” (tal como o legado de Nise da Silveira, psiquiatra pioneira na terapia ocupacional), que o descrevem com muito carinho. Pacientes que não falavam nem demonstravam alegria, pontuam os agentes culturais de saúde, colaboradores e os próprios tratados, passaram a se comunicar e a sorrir, o que explica o apreço pelo trabalho desenvolvido desde então, especialmente através do teatro. Um sentimento que, agora, vem indissociável ao de saudade. Isto porque o projeto — assim como as palavras escritas sobre a tinta, a massa corrida e o tijolo das paredes — vai desaparecer. O médico e ator Vitor Pordeus, idealizador do hotel, em decisão conjunta com profissionais envolvidos no projeto, decretou o seu fim dois meses depois de ser exonerado da coordenação do Núcleo de Cultura, Ciência e Saúde, que ele mesmo criara em 2009. O “cortejo final”, ato simbólico que pontua o fim do Hotel da Loucura, ocorreu na quarta-feira passada. Semanas antes, seus participantes já haviam iniciado o desmonte da decoração com pinceladas brancas sobre frases e poemas.
A exoneração de Pordeus ocorreu sem anúncio prévio e gerou comoção entre funcionários e, principalmente, entre os pacientes, levando alguns a entrarem em quadro de pertubação mental. O novo coordenador, Marcelo Gonçalves Moura Valle, é fotógrafo; e, ao se apresentar para a equipe, confessou nada saber sobre o trabalho que vinha sendo executado. A justificativa para a destituição de Pordeus do cargo é o fato de ele estar cursando no Canadá doutorado a convite da Universidade de McGill. Lá, desenvolve projeto na divisão de Psiquiatria Transcultural da Faculdade de Medicina, com base na experiência do Hotel da Loucura.
— Pordeus foi em busca de uma formação que calaria os críticos do seu trabalho, uma vez que, desde o início, se põe em xeque o fato de ele ser médico imunologista e não psiquiatra. Aí chega um cara que é fotógrafo, que não entende nada, que não tem qualquer vínculo com a iniciativa, e a formação deixa de ser um problema. O fim do projeto foi decretado porque não há como continuá-lo desta forma. A má condução deste trabalho pode levar a desdobramentos graves no tratamento psiquiátrico — queixa-se uma agente cultural de saúde que preferiu não ter o nome revelado com medo de represálias.

Desabafo. Inscrições nas paredes com frases, poemas e músicas servem de incentivo à expressão - Guilherme Leporace / Agência O Globo

De fato, em contato com a Secretaria municipal de Saúde, a mesma respondeu, por meio de sua assessoria, que a nomeação de Valle não compromete o projeto. “O Hotel da Loucura é um projeto do Núcleo de Cultura, Ciência e Saúde, cuja coordenação não é uma função médica”, diz, em nota, acrescentando ainda que “não há nenhuma intenção da SMS de descontinuá-lo”. Em outro trecho do texto, afirma que “repudia essa intenção de desconstrução do projeto e reforça que nenhum programa de políticas públicas pode ser vinculado à pessoa de um profissional, mas sim ser tratada de forma institucionalizada”. Uma versão controversa, segundo relatos da equipe envolvida.
— Fomos pegos de surpresa com essa decisão, que aconteceu do dia para a noite. O Vitor tentou diversas vezes conversar com a secretaria, que nunca veio aqui ou demonstrou interesse no nosso trabalho. O que nos causa estranheza também é afirmar que o Vitor está ausente. Só este ano, ele esteve presente em três oportunidades aqui, ficando em períodos de até um mês, interrompendo a formação dele. Fora isso, tínhamos conversas diárias com ele por Skype, nas quais debatíamos tudo. Se empresas possibilitam funcionários trabalharem à distância, porque ele não poderia, sendo que está lá fora, divulgando o Hotel da Loucura? Há o reconhecimento internacional, mas não aqui — questiona Márcia Proença, agente cultural de saúde, que prossegue com as indagações. — Se não querem o Vitor por este motivo, por que não pediram para que ele indicasse alguém para ser nomeado e que tivesse ligação com o projeto?
Miriam Rodrigues Galvão, uma das pacientes atrizes, de 44 anos, entrou em 2012 no Hotel da Loucura e relata inquietude com a destituição daquele que possibilitou a suspensão do tratamento com remédios mais pesados:
— Por que ninguém veio perguntar o que a gente queria? O teatro me ensinou a ter autonomia, a expressar o que eu quero. Antes, eu quebrava tudo, batia, era controlada por remédios. Eu estou sendo forte, desde que tiraram o Vitor, mas às vezes eu penso que não vou aguentar mais de tristeza.
POSSÍVEL BRIGA POLÍTICA
Milton Freire, de 70 anos, é colaborador do Hotel da Loucura há dois anos, tendo sido paciente do hospital psiquiátrico na década de 1960, onde se tratou e foi curado por meio da escrita. Ele foi atendido por Nise da Silveira, com quem também escreveu um livro. E afirma ver um paralelo entre a resistência ao trabalho de Vitor Pordeus e àquela que Nise enfrentou ao propor a terapia ocupacional para o tratamento de pacientes psiquiátricos.
— A proposta da Nise era a de trabalhar o interior do indivíduo, o intrapsíquico. O Vitor trabalha a extroversão. Vi gente que não se manifestava começar a falar. Tive a oportunidade de viajar pelo Brasil e vi a repercussão do trabalho dele em vários núcleos do país. Não há comparação entre a atuação do Vitor e a do novo coordenador, que só vi uma vez — conta.
O ex-coordenador e fundados do Núcleo de Cultura, Ciência e Saúde suspeita de motivação política.
— Quando o novo secretário de Saúde entrou (Daniel Soranz), em 2014, houve um corte de 80% do meu salário. Depois disso, fiquei nove meses sem pagamentos e tentando contatos com a secretaria, sem obter nenhuma resposta. Meses depois, viajei para o Canadá. Então, em maio desde ano, soube da minha exoneração dias depois de publicada, quando uma amiga leu o Diário Oficial. Este é um ataque político, de natureza pessoal, de quem nunca aceitou o nosso projeto — acusa Vitor Pordeus, que explica a preocupação com os rumos do projeto caso o mesmo continuasse. — Prometem que vão preservá-lo, mantê-lo como é, mas já mudaram. Vários pacientes entraram em crise desde o meu afastamento. Falam que eu abandonei o trabalho, mas há um abaixo-assinado pela minha volta entre os pacientes.
Gilson Saldanha, de 63 anos, que já foi interno do instituto de psiquiatria, conta que passou mal quando lhe deram a notícia da exoneração.
— O meu problema de saúde tem muito de fundo emocional. Eu fico até com febre. Quando me falaram, senti até pontada no peito. Fui internado na década de 1980 porque estava descontente com a situação política do país. E agora vejo isso — relata.
Edmar Oliveira, de 26 anos, é ator e produtor cultural, além de atuar como colaborador do projeto há quatro anos. E tece pesadas críticas com relação à decisão:
— O trabalho nunca foi bem acolhido. Todas as informações da assessoria foram levianas e mentirosas, pretendendo desqualificar o Vitor. Tomam decisões na calada da noite e depois querem manipular a opinião pública.
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Dentre as alegações da Secretaria municipal de Saúde consta a acusação de que “o profissional Vitor Pordeus foi exonerado da direção do Núcleo de Cultura, Ciência e Saúde (NCCS), vinculado ao Instituto Municipal Nise da Silveira, por ter se mudado para o Canadá, o que é incompatível com o cargo de confiança que ocupava e que exigia dedicação exclusiva, de 40 horas semanais na unidade. Ele se mudou para outro país sem qualquer pedido oficial para se ausentar do cargo, quebrando, assim, o vínculo com a secretaria”. Pordeus nega.
O Núcleo de Cultura, Ciência e Saúde continua a existir. O Hotel da Loucura, sem um coordenador que o conheça suficientemente para administrar o projeto, não.

Hotel da Loucura chegou a ocupar quatro enfermarias no Instituto Nise da Silveira - Guilherme Leporace / Agência O Globo

— A proposta da Nise era a de trabalhar o interior do indivíduo, o intrapsíquico. O Vitor trabalha a extroversão. Vi gente que não se manifestava começar a falar. Tive a oportunidade de viajar pelo Brasil e vi a repercussão do trabalho dele em vários núcleos do país. Não há comparação entre a atuação do Vitor e a do novo coordenador, que só vi uma vez — conta.

Frases escritas por usuários que ainda não foram apagadas deverão receber a tinta branca - Guilherme Leporace / Agência O Globo


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Documentário exibido na BBC
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Justiça manda prender Secretário de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz
Pacientes psiquiátricos ganham as ruas neste carnaval
Hotel da Loucura trata pacientes psiquiátricos com teatro

22/07/2016

O cerco sem descanso sofrido por Lula

Foto: Agência Brasil
Jornal GGN - O cerco aumenta. Nenhum político no Brasil foi tão perseguido, teve a vida tão vasculhada e a família tão exposta quanto o ex-presidente Lula. Desde que o juiz de primeira instância Sergio Moro começou sua jornada de Lava Jato, após enterrar a operação do Banestado, um único objetivo o norteia: incriminar Lula, seja por pedalinhos ou por sítios emprestados ou por triplex que não são de propriedade dele ou seja por seus filhos. Pode escolher, o juiz de primeira instância já tentou de tudo. Eis um documento importante divulgado pelo Instituto Lula sobre esta perseguição.
do Instituto Lula
Em mais de 40 anos de atividade pública, a vida do ex-presidente Lula foi vasculhada em todos os aspectos: político, fiscal, financeiro e até pessoal. Nenhum político brasileiro foi tão investigado, por tanto tempo: pelos organismos de segurança da ditadura, pela imprensa, pelos adversários políticos e por comissões do Congresso durante seus dois mandatos.
 Apesar das falsas acusações que sempre sofreu, nunca se demonstrou nada de errado na vida de Lula, porque ele sempre agiu dentro da lei, antes, durante e depois de ser presidente do Brasil. Somente a ditadura ousou condenar e prender Lula, em 1980, com base na infame Lei de Segurança Nacional. Seu crime de “subversão” foi lutar pela democracia e pelos direitos dos trabalhadores.
Desde a reeleição da presidenta Dilma Rousseff, em outubro de 2014, Lula tornou-se alvo de uma verdadeira caçada judicial. Agentes partidarizados do estado, no Ministério Público, na Polícia Federal e no Poder Judiciário, mobilizaram-se com o objetivo de encontrar um crime – qualquer um – para acusar Lula e levá-lo aos tribunais.
Dezenas de procuradores, delegados, fiscais da Receita Federal e até juízes atuam freneticamente nesta caçada, em cumplicidade com os monopólios da imprensa e bandos de difamadores profissionais.
Na ausência de acusações formais, pois Lula sempre agiu dentro da lei, promovem um julgamento pela mídia (trial by media), sem equilíbrio e sem direito ao contraditório. Boatos, ilações e vazamentos seletivos de investigações são divulgados com estardalhaço, num verdadeiro linchamento moral e político.
Está claro que o objetivo da plutocracia brasileira, da mass media e dos setores mais retrógrados do País é levar o ex-presidente ao banco dos réus, para excluir Lula do processo político brasileiro.
Quebraram os sigilos bancário e fiscal de Lula, de seus filhos, de sua empresa de palestras e do Instituto Lula. Quebraram o sigilo dos telefonemas de Lula, seus familiares, colaboradores e até de seus advogados. Invadiram e vasculharam a casa de Lula, as casas de seus filhos e o Instituto Lula.
Investigaram todas as viagens internacionais do ex-presidente – quem pagou, que aviões usou, quem o acompanhou, onde se hospedou, com quem conversou, inclusive chefes de estado e de governo. Investigaram as palestras e até os presentes que Lula recebeu quando era presidente.
E não encontraram rigorosamente nada capaz de associar Lula aos desvios na Petrobras, investigados na Operação LavaJato, ou a qualquer outra ilegalidade. Nenhum depósito suspeito, nenhuma conta no exterior, nenhuma empresa de fachada, nenhum centavo que não tenha sido ganho honestamente e declarado para o pagamento de impostos.
Nem mesmo os réus confessos da Operação LavaJato, que negociam benefícios penais e financeiros em troca de acusações a agentes políticos, ousaram apontar a participação direta ou indireta de Lula nos desvios da Petrobras. E isso é terrivelmente frustrante para os caçadores do ex-presidente.
Na ausência de provas, evidências ou testemunhos confiáveis, os algozes de Lula submetem o ex-presidente a uma série de constrangimentos e arbitrariedades, que violam não apenas suas garantias, mas os princípios do estado democrático de direito, ameaçando toda a sociedade.  
Ao longo destes dois anos, foram violados os seguintes direitos do ex-presidente Lula:


19/07/2016

O Macarthismo brasileiro e a espiral do silêncio

Sobre o silêncio que cerca o golpe de Estado no Brasil, por Felipe Pena, em O Extra
"Felipe, você tem que parar com esse Diário do Golpe no facebook" – aconselha um amigo, muito preocupado com minha carreira. "Vão te boicotar em todas as mídias" – acrescenta, para, em seguida, citar roteiristas, escritores e professores que estão numa suposta lista de excluídos que ousaram chamar o processo de impeachment pelo seu verdadeiro nome: golpe.
Não estou preocupado com isso, respondo. Falo sobre a inexistência do crime de responsabilidade de Dilma, atestada pelo Ministério Público Federal e pela perícia do senado. Falo sobre as gravações de senadores dizendo que precisavam tirar a presidente para barrar a operação lava-jato. Falo sobre o inciso 39 do parágrafo 5º da Constituição para embasar juridicamente meu argumento. Mas não adianta. Meu amigo é sincero, só está preocupado comigo, não quer saber de política. Ele próprio apagou postagens em redes sociais para não ser excluído da empresa onde é roteirista. "Eu já desisti" – conclui, aliviado.
Com exceção da parte tecnológica, parece uma conversa travada na década de 1950. Sinto-me vigiado pelo senador MacCarthy em plena guerra fria. Pior ainda, percebo nas palavras de meu amigo a exemplificação da espiral do silêncio, conceito criado pela pesquisadora Noelle-Neuman para explicar como as interações sociais tendem a priorizar opiniões dominantes, ou melhor, opiniões que parecem dominantes, consolidando-as e ajudando a calar as diferenças.
Para Neuman, as pessoas tendem a esconder opiniões contrárias à ideologia majoritária, o que dificulta a mudança de hábitos e ajuda a manter o status quo. A opção pelo silêncio é causada pelo medo da solidão social, que se propaga em espiral e, algumas vezes, pode até esconder desejos de mudança presentes na maioria silenciosa. Só que esses desejos acabam sufocados pela espiral do silêncio.
Em outras palavras, as pessoas não são apenas influenciadas pelos o que os outros dizem como também pelo que imaginam que eles poderiam dizer. Se acharem que suas opiniões podem não ter receptividade, optam pelo silêncio.
Os golpistas contam com a espiral do silêncio. Meu amigo, que antes era combativo e atuante, foi tragado por ela e busca a integração social através da observação da opinião dos outros, procurando se expressar dentro dos parâmetros que o cercam para evitar o isolamento.
No caso dele, há um agravante: o isolamento também pode ser profissional, o que inviabilizaria o sustento de sua família. É aí que entra a técnica macarthista. Listas ou suposições de listas servem como chantagem para os que ousam nadar contra a corrente.
A ameaça de exclusão alimenta a espiral do silêncio. Ela é o vetor totalitário que perpassa a construção de um falso consenso e constrói a ponte para o passado. Ela é o terror das vozes dissonantes. Ela é o atraso.
O #DiárioDoGolpe é apenas um registro de quem se recusa a ser tragado pela espiral. Será publicado, diariamente, numa TL perto de você.
* Felipe Pena é jornalista, escritor e psicólogo. Professor de roteiro na UFF, foi comentarista do Estúdio I, na GloboNews, e é autor de 15 livros.