10/05/2017

Sequência #MoroPersegueLula



Assista o essencial do depoimento do Lula em apenas 19 minutos
Para não ficar refém da narrativa da mídia tradicional, confira uma edição legendada de 19 minutos do depoimento de mais de 5 horas do ex-presidente Lula em Curitiba
Por Redação







Já deu para fazer uma apanhado do que ocorreu no dia de ontem...ficou bem claro que são dois filmes em construção e, como são filmes, temos que falar em sequências..pois um filme é feito de sequencia...

Sim, o que vimos claramente ontem foi isso: Sequências para dois filmes: O da Globo e o do povo....uma grande rede atuou para construir sua narrativa, somente a Revista Forum teve, neste 10 de maio, mais de 1 milhão de visualizações, e há vários veiculos da midia independente que fizeram sucesso: Midia Ninja, Jornalistas Livres, Vi O Mundo, Os Mortadelas, o Barbudinho...e pessoas do povo, politicos do campo progressista e militantes virtuais mostraram serviço, uma prova que não dependemos da Globo para construir nossa própria narrativa, nós podemos construir nosso próprio roteiro, somos sim capazes de realizar nossas próprias sequencias de um filme para nosso próprio deleite que não este filme trash da Globo e cia.

Aos fatos:

Na falta de provas de algum ilícito, os trouxinhas tentam atingir o ex-presidente pelo lado moral. Lula se ateve à realidade dos fatos quando atribuiu à Dona Marisa a aquisição de um reles apto em forma de parcelamento de quotas...não há inverdade nisso ai, senão vejamos: o que o ex-presidente afirmou encontra-se nos documentos e em declarações dela antes de ser morta de desgosto por Moro e cia que foi ela Dona Marisa que fez o contrato de compra de quotas do BNH 3 em 1....um negocio licito....este tipo de negocio não te obriga a ficar com o imóvel, vc pode vender as quotas e foi o que ela fez...depois desistiu e pediu de volta o que havia pago...eu ja fiz isso, mando o Moro me prender...ta provado que o tal apto é da OAS, que sempre o usou para negócios da empresa, inclusive o apto integrou a massa falida...não pegue mentiras do anta agonista pra sair espalhando por ai viu... não defenda a injustiça para seus inimigos pq um dia ela te pega...justiça boa é justiça justa e não isso que estão fazendo para impedir a candidatura de Lula...se o Brasil não o quer presidente que isso seja pelo voto e não pelas mão de um juiz parcial como Moro/Globo.

Arkx disse: D. Marisa se interessou pelo apartamento, mas nada demais. Lula não tava nem aí, envolvido com questões macro. os puxa-saco das empreiteiras começaram a tentar agradar. nem podiam supor o merdelê em que estavam se metendo. depois que explodiu tudo, D. Mariza sentiu-se culpada, agravando seu estado de saúde. não esqueceremos.


Maria Luisa disse: Você externalizou o que todo mundo, ou todos com capacidade de compreensão de uma situação, viu no que dizia Lula. Quanto mais Sergio Moro insistia na compra do apartamento do Guaruja, mas pensava com meus botões o quanto aquilo feria Lula, o quanto dona Marisa deve ter se martirizado por um dia ter-se interessado na compra de um imovel, em que uma grande construtora os queria enquanto clientes.... Eu nunca vi ninguém condenado porque um dia se interessou em comprar um imovel em que os construtores promenteram melhorias caso a compra fosse efetivada. Isso acontece todo dia, em todo mundo e não precisa ser conhecido ou oferecer contrapartida para tal compromisso. Ademais Lula ja não era mais presidente na época da possivel compra e todo a narrativa criada pela Lava Jato de [eventual] troca de favores é inexistente, a não ser na cabeça dos procuradores e do juiz de acusação, que acreditam que a corrupção na Petrobras se deve, também, à esses miseros pretensos favores à familia de Lula. Toda essa historia seria risivel não fosse tragica.
Que Dona Marisa descanse em Paz.

André r st: Ao contrário do que os trouxinhas dizem por ai,  o que Lula fez foi defender Dona Marisa, e fez isso ao demonstrar que ela agiu corretamente, e que não praticou qualquer ilegalidade.


A Globo e MP formam o quarto poder. MP e Globo unidos como sempre. MP e Globo sabem que o Lula é a fala que incomoda, que compete com o monopolio da Globo. O Lula fala e povo entende. 

Lula está se tornando forte liderança da oposição e por isso os golpistas e o conluio midiatico-penal farão de tudo para mata-lo politicamente, se possivel fisicamente,  por falar nisso, no que deu a investigação da morte do Teori que, como se sabe, era muito mais corajoso e independente em relação a Globo  do que o Fachin(o)...

Tudo bem, que legalizemos os meios de comunicação como um poder a mais, o Poder Verbalizador, que atua na construção das subjetividades dos cidadãos. Quanto ao MP, este não pode existir senão como apêndice do Executivo e a este subordinado, como ocorre nos EUA, que adota tal sistema como forma de defesa do interesse nacional e da democracia.

Por aqui, se faz um concurso e se adquire essa competência institucional do MPF, de atuar para derrubar a presidnete e cessar a democracia e o pior, como se ve, no post, tem atuado como instrumento de vendeta poltico para atender aos interesses do seu principal braço midiatico a Globo.


A Lava Jato é um bloco monolítico, por Afrânio Silva Jardim

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Foto: Pedro Oliveira/Alep
Por Afrânio Silva Jardim, via Facebook
O vídeo postado pelo juiz Sérgio Moro, pedindo aos "apoiadores da lava jato" que não estejam presentes ao interrogatório do ex-presidente Lula, em Curitiba, demonstra claramente que existe uma nova "entidade", formada pela união e mistura da polícia, ministério público e poder judiciário.
Desta forma, o que a teoria do processo chama de relação jurídica processual triangular, formada pelo autor da ação penal, juiz e réu, acabou se transformando em uma relação linear e inquisitória: de um lado a "Lava Jato e no polo oposto o réu (já condenado pela opinião pública, manipulada pela mídia parcial).
Através do referido vídeo, o juiz se portou como se fosse o "chefe de uma torcida organizada", líder e chefe de um determinado "projeto persecutório", líder de um projeto de combate à corrupção. Disse ele: "ESSE APOIO SEMPRE FOI IMPORTANTE, MAS NESTA DATA ELE NÃO É NECESSÁRIO" ...
Julgo que, em nosso sistema processual acusatório, não cabe ao magistrado fazer parte de nada. Partes são autor e réu. Juiz deve estar entre as partes a fim de preservar a sua imparcialidade.
Não é por outro motivo que quase toda a população acredita que o juiz Sérgio Moro vai condenar o ex-presidente Lula. Grande parte desta população não deseja esta condenação, mas acredita que ela ocorrerá. Por que será isso???
Afranio Silva Jardim, professor associado de Direito Processual Penal da Uerj. Mestre e Livre-Docente em Direito Proc. Penal (Uerj).


Moro não atuou como juiz e sim como delegado de policia, Fleury Paranhos,,,,a nossa lei permite essa aberração que é o Juiz poder investigar quando deveria apenas julgar, como ocorre no mundo civilizado...olha so no que deu a falha da Lei: um juiz rude como Moro tendo poder de conduzir uma investigação ao seu bel prazer para, depois, sentenciar,,,e mais: Moro atua em conluio com PF, MPF, Tribunais superiores e midia, todos unidos num só bólide contra Lula, isso é fato.
Por Fábio de Oliveira Ribeiro/GGN  Lula em Curitiba #MoroPersegueLula
Interrogatório ou tortura? por Fábio de Oliveira Ribeiro O interrogatório de Lula começou às 14 horas e ainda não havia terminado quando comecei a escrever este texto. Algumas pessoas estimaram que Sérgio Moro iria interrogar o ex-presidente por três horas.
Fracamente... não me parece que seja necessário tanto tempo para obter o essencial de Lula.
De fato, em 13 minutos um juiz conciso e experiente perguntaria tudo que precisa saber do réu sobre a acusação que lhe foi sacada:
1 - O Triplex é seu?
2 - Alguém lhe prometeu o Triplex?
3 - Você o pediu em troca de favores?
No processo penal brasileiro o depoimento do réu não faz prova da acusação. Mesmo que o réu confesse o crime a condenação não pode se apoiar exclusivamente no depoimento dele. Portanto, o juiz não precisa torturar o acusado com um longo interrogatório.
A solução do processo penal depende exclusivamente das provas documentais, periciais e testemunhais produzidas nos autos. É sobre estas (e não sobre o depoimento do réu) que a acusação e a defesa terão que se debruçar para sustentar suas teses.
O juiz só deve se demorar ao analisar as provas testemunhais, documentais e periciais após ler com calma as teses da acusação e defesa.
Sérgio Moro, contudo, parece fazer o inverso. Ele tortura o réu durante horas e profere longas sentenças em alguns minutos http://jornalggn.com.br/noticia/sentenca-de-moro-com-160-paginas-saiu-dois-minutos-apos-defesa-final-de-bumlai.
A desnecessária inquirição de Lula durante várias horas só encontra justificação no fato da Lava Jato não ser apenas um processo judicial. Sobre este assunto vide http://jornalggn.com.br/blog/fabio-de-oliveira-ribeiro/reflexoes-sobre-o-espetaculo-da-lava-jato-por-fabio-de-oliveira-ribeiro. O show midiático da Lava Jato não pode parar.
Que horror. Durante o depoimento de quase 6 horas, Sérgio Moro fez a Lula perguntas até sobre o Mensalão do PT, sobre fatos que não tem qualquer relação com a acusação que será objeto de julgamento. O abuso evidente apenas confirma a pertinência da comparação que eu fiz entre Moro e o cabo Bruno http://jornalggn.com.br/blog/fabio-de-oliveira-ribeiro/vidas-paralelas-sergio-moro-e-cabo-bruno.
Ao inquirir o réu o juiz deve se ater apenas aos fatos da denúncia que foi elaborada contra ele. Não compete ao juiz julgar fatos sobre os quais o próprio MPF inocentou Lula no passado. A conduta de Sérgio Moro não foi nada profissional. O grotesco processo segue sendo conduzido com requintes de sadismo por um juiz que politiza e partidariza sua atuação para fornecer à imprensa condições de requentar velhas acusações contra um candidato à presidência." 
Fonte: Jornal GGN
E Lula consegui, no dia 10, derrotar o uníssono blode sic bólide, o que foi inaceitável para o poder dominante que tem a Globo como porta-voz...

A imagem pode conter: uma ou mais pessoas e texto

MORO: Senhor ex-presidente, preciso lhe advertir que talvez sejam feitas perguntas difíceis para você.
LULA: Não existe pergunta difícil pra quem fala a verdade.
*
MORO: Esse documento em que a perícia da PF constatou ter sido feita uma rasura, o senhor sabe quem o rasurou?
LULA: A Polícia Federal não descobriu quem foi? Não? Então, quando descobrir, o senhor me fala, eu também quero saber.
*
MORO: O senhor não sabia dos desvios da Petrobras?
LULA: Ninguém sabia dos desvios da Petrobras. Nem eu, nem a imprensa, nem o senhor, nem o Ministério Público e nem a PF. Só ficamos sabendo quando grampearam o Youssef.
MORO: Mas eu não tinha que saber. Não tenho nada com isso.
LULA: Tem sim. Foi o senhor quem soltou o Youssef. O senhor deve saber mais que eu [referindo-se ao escândalo do Banestado].
*
LULA: O Dallagnol não tá aqui. Eu queria o Dallagnol aqui pra me explicar aquele PowerPoint.
*
MORO: Saíram denúncias na Folha de S. Paulo e no jornal O Globo de que…
LULA: Doutor, não me julgue por notícias, mas por provas.
*
LULA: Esse julgamento é feito pela e para a imprensa.
MORO: O julgamento será feito sobre as provas. A questão da imprensa está relacionada a liberdade de imprensa e não tem ligação com o julgamento.
LULA: Talvez o senhor tenha entrado nessa sem perceber, mas seu julgamento está sim ligado a imprensa e os vazamentos. Entrou nessa quando grampeou a conversa da presidente e vazou, conversas na minha casa e vazou, quando mandou um batalhão me buscar em casa, sem me convidar antes, e a imprensa sabia. Tem coisas nesse processo que a imprensa fica sabendo primeiro que os meus advogados. Como pode isso? E, prepare-se, porque estes que me atacam, se perceberem que não há mesmo provas contra mim e que eu não serei preso, irão atacar o senhor com muito mais força.
*
MORO: Senhor ex-presidente, você não sabia que Renato Duque roubava a Petrobras?
LULA: Doutor, o filho quando tira nota vermelha, ele não chega em casa e fala: “Pai, tirei nota vermelha”.
MORO: Os meus filhos falam.
LULA: Doutor Moro, o Renato Duque não é seu filho.
*
LULA: Doutor Moro, o senhor já deve ter ido com sua esposa numa loja de sapatos e ela fez o vendedor baixar 30 ou 40 caixas de sapatos, experimentou vários e no final, vocês foram embora e não compraram nenhum. Sua esposa é dona de algum sapato, só porque olhou e provou os sapatos? Cadê uma única prova de que eu sou dono de algum tríplex? Apresente provas doutor Moro?
*
MORO: O senhor solicitou à OAS que fosse instalado um elevador no tríplex?
LULA: O senhor está vendo essa escada caracol nessa foto? Essa escada tem dezesseis degraus e é do apartamento em que eu moro há 18 anos em São Bernardo. Dezoito anos a Dona Marisa, que tinha problema nas cartilagens do joelho passou subindo e descendo essa escada. O senhor acha que eu iria pedir um elevador no apartamento que eu não comprei, ao invés de pedir um elevador no apartamento em que eu moro, para que a Dona Marisa não precisasse mais subir essa escada?
*
LULA: O vazamento das conversas da minha mulher e dela com meus filhos foi o senhor quem autorizou.
*
MORO: Tem um documento aqui que fala do tríplex…
LULA: Tá assinado por quem?
MORO: Hmm… A assinatura tá em branco…
LULA: Então, o senhor pode guardar por gentileza!


Dias atrás desejaram e torceram pela morte de Dona Marisa...agora a defendem...agora são todos Dona Marisa..os mesmos que, não há muito tempo atrás, eram todos Cunha..,...que asco...
Feminismo de ocasião, por Cintia Alves, no GGN
Quem teve a oportunidade de visualizar as capas dos principais jornais impressos, nesta quinta-feira (11), pôde identificar um esforço sincronizado de veículos da grande mídia para estabelecer uma narrativa hegemônica que pudesse reduzir quase cinco horas de depoimento do ex-presidente Lula ao juiz Sergio Moro à uma derrota do petista.
Lula teria recorrido ao "não sei de nada" desgastado pelo Mensalão e jogado a culpa do triplex no colo de dona Marisa, dizem as manchetes dos jornalões, em letras garrafais. Como se a democratização das informações pela internet ainda permitisse esse tipo de manipulação.
Certo é colocar Lula como o marido que se aproveitou da morte da esposa para sair pela tangente em relação ao triplex motivou algumas manifestações vergonhosas publicadas. Três delas estão no Estadão, travestidas de jornalismo, mas subestimam a inteligência do leitor.


Primeiro, uma entrevista com o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, do time da Lava Jato, que aproveitou a onda midiática que explora as falas de Lula para dizer que: "Infelizmente, as afirmações em relação à dona Marisa a responsabilizando por tudo é um tanto triste de se ver feitas nesse momento, até porque, como o ex-presidente disse, ela não está aí para se defender."



Fica a pergunta: quem arrastou dona Marisa para esta ação penal foi Lula ou a força-tarefa do Ministério Público Federal?
Lula não jogou apartamento no colo de Marisa como se ela não tivesse tido participação ativa no enredo contado pelos próprios procuradores da Lava Jato.
O nome da ex-primeira-dama consta na aquisição de uma cota parte de um dos empreendimentos da Bancoop no litoral paulista, cota esta que está na raíz do caso triplex.
Marisa era a compradora oficial, não Lula.
Foi ela quem pediu ressarcimento na Justiça quando não quis mais um imóvel do projeto posteriormente tocado pela OAS. 
Também foi Marisa quem visitou duas vezes o triplex, uma ao lado de Lula, que disse a Moro que o espaço era "inadequado para a família" e, por isso, ele não apoiava a compra. Se Marisa ainda pensava em comprar, disse Lula, é "possível" que ela tivesse a intenção de "fazer negócios", ou seja, revender o triplex.
Tudo isso consta na segunda parte do depoimento de Lula, publicado pelo próprio Estadão.
Em um segundo texto, a jornalista Eliane Cantanhêde escreveu"Lula jogou o apartamento no colo da mulher dele, que já morreu e agora está no centro da Lava Jato. Marisa Letícia é quem estava interessada no triplex (para investimento?) e Lula só soube depois que ela tinha ido lá com o filho, mesmo depois da desistência da compra. Essas mulheres..."
Cantanhêde precisaria ser apresentada ao vídeo abaixo. Nele, a partir dos 10 minutos, vê-se a insistência de Moro em interrogar Lula sobre inúmeros documentos e datas de decisões tomadas por Marisa. Incomodado com a enxurrada de questões que não tinha como esclarecer sozinho, Lula fez um apelo ao juiz:
Lula: Doutor Moro, é muito dificil para mim toda hora o senhor citar minha mulher sem ela estar aqui para se defender. É muito dificil...
Moro: Não, eu não estou acusando ela de nada, senhor ex-presidente...
Lula: Eu sei que não está acusando, mas pergunta muita coisa dela, se eu vi, se eu não vi... 
Moro: É que o documento está assinado por ela.
Lula: É uma pena que... uma das causas que ela morreu foi a pressão que sofreu. E eu não quero nem discutir isso aqui. Mas quando se tratar dela, peço que o senhor... [faz sinal para se segurar]
O FEMINISMO DE OCASIÃO
Também do Estadão, a jornalista Vera Magalhães publicou sua opinião sobre a faceta machista do depoimento de Lula, no Facebook, na mesma noite em que os vídeos foram disponibilizados pela Vara Federal de Moro à imprensa.
Em "Mulher emerge como investidora", ela sustentou que Lula "recorreu à dona Marisa para deixar sob sua responsabilidade toda a transação do imóvel. As inconsistências da defesa e o truque de terceirizar para alguém que morreu e, assim, não é mais parte do processo não parecem ser um caminho jurídico seguro para alguém que tem um séquito de advogados à disposição e armou um circo político para posar de vítima de perseguição."
No comentário que fez à rádio Joven Pan, Vera foi além em sua tese sobre dona Marisa não poder ter comprado o triplex sozinha. E, para isso, deixou a veia feminista em casa:
"Essa coisa da Marisa investidora, não para de pé. Eu cobri durante 10 anos política em Brasilia. Repórter, circulando pelo Palácio do Planalto, trabalhando pela Folha de S. Paulo e pela revista Primeira Leitura. Não foram as vezes que procurei pessoas como André Singer ou Franklin Martins, que eram secretários de imprensa na época, e pedi entrevistas ou ter contato com dona Marisa e fazer um perfil. Qual era a resposta sempre qualquer jornalista que cobriu o poder pode atestar? A dona Marisa não fala, dona marisa é reclusa, ela gosta de cuidar dos netos, ela gosta de cozinhar, ela gosta de cuidar do jardim. É disso que ela gosta."
E continuou:
"Naquele próprio comício que Lula fez no velório da mulher, impróprio, ele também descreveu uma mulher que começou a trabalhar como empregada doméstica, que ficava em casa, que dizia pode ir cuidar da política cuidar do brasil, que eu cuido aqui da retarguada. nunca foi pintada como alguém que tinha respsabilidade pelos investimentos da familia. Esse personagem é totalmente novo, criada sem que possa sem se defender, dizer que aquilo é verdade ou não. Do ponto de vista de um marido, um homem, é pusilânime. Do ponto de vista da defesa, é um absurdo jurídico."
Confrontada por uma usuária do Twitter, "militante petista", sobre a visão errada sobre Lula e Marisa, Vera respondeu que, "por sororidade", não iria chamar a leitora de "retardada". 
Sororidade.
Onde estava a sororidade das jornalistas e dos jornalistas da grande mídia quando Marisa faleceu em decorrência de todo esse processo político, jurídico e midiático que a Lava Jato criou? Não só não houve apoio como o assunto pareceu proibido.
A mídia hegemônica, aliás, se apressou em dizer que era bom Lula não ousar usar politicamente a morte da esposa, nem associar o fato à Lava Jato. Quase fizeram um manual de como ele deveria se comportar no velório.
O feminismo (de ocasião) se recolheu, ainda, quando delatores passaram a dizer que Marisa pediu reforma em sítio, mas era segredo. Pediu reforma em triplex, mas era segredo. Pediu terreno para Instituto Lula, mas era segredo. Ninguém presenciou a renião, só o delator e Marisa.
Tudo isso há poucos dias. Dona Marisa já não estava aqui para se defender.



Lava Jato atenta contra memória de D. Marisa Letícia
Em nota, defesa afirma que D. Marisa Letícia “jamais cometeu qualquer ilegalidade ao longo da vida e sempre mereceu o respeito de todos.”
Leia a nota de Cristiano Zanin Martins, advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a respeito de D. Marisa Letícia:
D. Marisa Letícia jamais cometeu qualquer ilegalidade ao longo da vida e sempre mereceu o respeito de todos.
Apesar disso, uma denúncia descabida da Força Tarefa, acolhida pelo Juízo da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, imputou a ela fatos inexistentes, no caso do triplex do Guarujá.
Todos os atos de D. Marisa foram absolutamente legais e nunca poderiam justificar nem a denúncia nem a ação penal contra ela.
São fatos de pleno conhecimento dos procuradores, pois constam dos autos do processo desde o início. No depoimento desta quarta (10), Lula simplesmente reafirmou a verdade.
Causa assim estranheza que o depoimento do ex-Presidente ao Juízo de Curitiba, no que tange a sua esposa, tenha recebido os comentários da Força Tarefa que a imprensa explorou hoje.
O testemunho de Lula, ontem, não diverge do que ele e nós, seus advogados, já vínhamos afirmando há mais de um ano.
O que causa, sim, espanto é que até hoje o juiz se recusa a inocentar sumariamente D. Marisa Letícia, como determina expressamente a lei em caso de falecimento. Mais uma prova do lawfare que se pratica contra o ex-Presidente Lula e que não respeita sequer a memória de sua esposa.
Cristiano Zanin Martins

por Conceição Lemes
O professor Afrânio Silva Jardim, mestre e livre-docente em Direito Processual pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), é considerado um dos maiores processualistas do País.
Tem 37 anos de magistério na área jurídica. É citado em mais de cem acórdãos no Supremo Tribunal Federal (STF).
No início da Lava Jato, a apoiava. Chegou a trocar e-mails com o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, abordando questões processuais, mas depois romperam.
Em entrevista que concedeu a esta repórter, em setembro de 2016,  ele explicou por quê:
Quando a Lava Jato estava trabalhando só com o aspecto policial, até elogiei porque ninguém é a favor da corrupção.
Porém, quando percebi que a questão era política, mandei um e-mail falando da minha decepção. Ele perguntou por quê. Expliquei. Ele disse que lamentava e, assim, rompemos.
Ontem (10/05), ele assistiu à íntegra do interrogatório a que foi submetido o ex-presidente Lula por Moro, em Curitiba (PR).
Ficou “indignado” com a atuação de Moro. E reagiu após assistir às cinco horas de audiência.
Em sua página no Facebook, pediu publicamente que seja retirado do livro  ‘Tributo a Afrânio Silva Jardim’ um artigo do juiz Sérgio Moro.  
O livro é homenagem ao professor Afrânio.
Confira:
INTERROGATÓRIO DO EX-PRESIDENTE LULA. ESTOU INDIGNADO COM O QUE ASSISTI
Após assistir a toda audiência em que ocorreu o interrogatório do ex-presidente Lula, no dia de ontem, fiquei indignado com a forma pela qual o juiz Sérgio Moro conduziu este ato processual.
Por este motivo, solicito, de público, aos amigos Pierre Souto Maior Amorim e Marcelo Lessa, organizadores do livro “Tributo a Afranio Silva Jardim”, que diligenciem junto à Editora Juspodium no sentido de que não conste, na sua terceira edição, o trabalho do referido magistrado. A obra foi publicada, em minha homenagem, sendo composta por vários estudos de renomados juristas pátrios e estrangeiros. 
Esta minha solicitação, além de ser motivada pelo inconformismo acima mencionado, tem como escopo evitar constrangimento ao próprio juiz Sérgio Moro, diante de críticas técnicas que venho fazendo a seu atuar processual. Ademais, alguns colaboradores da obra coletiva já se manifestaram desconfortáveis em figurar na companhia deste magistrado no aludido livro. 
A minha indignação é tanta que, apesar de professor e ex-membro do Ministério Público experiente, quase não consegui dormir esta noite e, por isso, estou aqui novamente fazendo este aditamento. Sinto necessidade de “gritar”, sinto necessidade de “desabafar”.
Posso estar errado, mas o ex-presidente Lula não está tendo o direito a um processo penal justo. Ele não merecia isso. Fico imaginando o “massacre” a que seria submetida a sua falecida esposa D.Maria Letícia, pessoa humilde e inexperiente …
Confesso que continuo amargurado e termino dizendo que, se o ex-presidente Lula restou humilhado, de certa forma, também restou humilhado o povo brasileiro, que nele deposita tantas esperanças.
Termino também dizendo que restou “esfarrapado” o nosso sistema processual penal acusatório, que venho procurando defender nestes trinta e sete anos de magistério.
O juiz Sérgio Moro me deixou triste e decepcionado com tudo isso. Como teria dito um ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, “estamos vivendo uma pausa em nosso Estado de Direito” …
Afranio Silva Jardim, professor associado de Direito Processual Penal da Uerj. Mestre e Livre-Docente em Direito Processual (Uerj)

http://www.viomundo.com.br/denuncias/professor-afranio-silva-jardim-pede-retirada-de-artigo-de-moro-de-livro-lula-nao-esta-tendo-o-direito-a-um-processo-penal-justo.html



O ex-presidente desbancou as táticas usadas pela Operação Lava Jato e acusou os procuradores de sustentarem mentiras com mais e mais mentiras que, até agora, não foram provadas


Jornal GGN - "Aqui, na sua sala, tiveram 73 testemunhas. Grande parte de acusação do Ministério Público. E nenhuma me acusou.

O que aconteceu nos últimos 30 dias, doutor Moro, vai passar para a história como o 'mês Lula'. Porque foi o mês em que vocês trabalharam, sobretudo o Ministério Público, para trazer todo mundo para falar uma senha chamada 'Lula'.

O objetivo era dizer 'Lula', se não dissesse 'Lula' não valia", disse o ex-presidente, em confronto direto à Lava Jato e ao juiz Sérgio Moro.

De maneira sacárstica, o magistrado da Lava Jato de Curitiba questionou: "O senhor entende que existe uma conspiração, então?". E Lula novamente o cortou, criticando, desta vez, a estratégia de delações premiadas criada na Operação com o juiz.

"Não, não", respondeu, continuando: "Eu entendo, e acompanho pela imprensa, que pessoas como o Léo Pinheiro já estão há algum tempo querendo fazer delação. Primeiro, ele foi condenado a 23 anos de cadeia, depois se mostra na televisão como é que vive a vida de 'nababo' dos delatores, e o cara fala: 'porra, eu to condenado a 23 anos, e os delatores pagaram uma parte e estão vivendo essa vida?'", ativou Lula.

"Delatar virou, na verdade, quase que o alvará de soltura dessa gente. Eu tenho acompanhado, eu estou atento e percebendo, porque eu vou discutir em algum momento o contexto. O contexto está baseado num power point mal feito, mentiroso da Operação Lava Jato", emendou o ex-presidente, exaltado.

Sem conseguir conter as palavras e críticas sem receios do ex-presidente à toda aquele equipe presente na audiência, Moro tentou, sem sucesso: "certo, doutor, senhor ex-presidente, nós estamos aqui fazendo...".

Sem se deixar abalar, Lula seguiu: "Que aliás, o doutor Dallagnol que fez essa apresentação não está aqui. Ele deveria estar aqui, para explicar aquele famoso power point. Aquilo é uma caçamba, aonde cabe tudo. Aquele power point, doutor, não tá julgando o Lula pessoa física, pessoa jurídica, está julgando o Lula presidente da República. E isso eu quero discutir", fechou o ex-presidente, deixando um silência na sala da Justiça Federal de Curitiba.

O trecho pode ser acompanhado a partir dos 06:23:
ANOMALIAS DA LAVA JATO

Ainda no terceiro trecho do depoimento de Lula, o juiz fez referência a trecho da denúncia apresentada pela força-tarefa, sob o comando do procurador Deltan Dallagnol, que aponta que o ex-presidente teria solicitado a construção de um elevador no apartamento triplex.
"O senhor tem conhecimento que o elevador privativo no apartamento só foi implantado a partir de 15 de setembro de 2014, conforme os documentos apresentados constantes no processo?", perguntou Moro.

"Não", respondeu Lula. "Se o senhor me permite [interrompendo a próxima pergunta do juiz], essa do elevador é uma das anomalias da denúncia do Ministério Público. Pelo menos do pessoal da Lava Jato. Eu vi pela imprensa que o Ministério Público tinha dito que eu tinha pedido para o Léo colocar um elevador", seguiu o ex-presidente, separando uma fotografia.

"Isso aqui, doutor, é uma escada caracol, o senhor deve conhecer. Essa escada tem 60 graus. Essa escada é do meu apartamento em que eu moro há 18 anos. A dona Marisa, há 6 anos, há exatamente 6 anos, tomava remédio todo santo dia para dor na cartilagem. Será que alguém de bom senso nesse país imagina que eu ia pedir um elevador, num apartamento que não era meu, e deixar de pedir para fazer no apartamento do prédio que a dona Marisa mora há 20 anos, e que tomava remédio todo santo dia?", afirmou Lula, inconformado.

Para o ex-presidente, as teses levantadas pela acusação da Lava Jato são inconcebíveis. "Quer dizer, é no mínimo, no mínimo, cumpriram o ditado de que quem conta uma mentira, passa a vida inteira mentindo para justificar a primeira mentira", respondeu.

O trecho pode ser verificado desde 02:48 até 04:30.

LAVA JATO É PRISIONEIRA DA IMPRENSA

Em dois momentos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se recusou a comentar perguntas feitas pelo juiz Sérgio Moro, por usarem como sustentação reportagens publicadas pela Folha de S. Paulo e por O Globo, que sequer trouxeram entrevista do próprio ex-presidente.

Em um dos trechos, a primeira em que Moro comenta noticiário, o juiz introduz: "Consta uma matéria de jornal que foi juntado...". E Lula imediatamente corta: "Depende de que jornal, viu". "A Folha de S. Paulo?", perguntou Moro, claramente receoso da reação de seu interrogado. "É, não, não", respondeu Lula. "Não?", questionou Moro, quase como um pedido de permissão. "Não. Depois eu tenho uns dados aqui sobre a imprensa", contestou incisivo.

Mas o magistrado resolveu seguir: "Mas essa matéria da Folha de S. Paulo, de 29/12/2014, diz o seguinte: 'o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estuda vender o triplex no Guarujá que adquiriu em 2005 a sua mulher, Marisa Letícia, em um prédio construído pela Bancoop. Segundo interlocutores do ex-presidente, a repercussão de reportagens sobre o apartamento fez com que Lula reavaliasse a efetivação da compra do imóvel, cuja reforma e decoração estão quase no fim'. Consta na matéria que 'segundo o Instituto Lula, não informações sobre o prazo para que a Marisa e o senhor presidente façam a escolha'. O senhor sabe explicar o conteúdo dessas informações que teriam sido repassadas a jornalistas?.

"Eu me recuso a responder uma matéria da Folha de S. Paulo que não tenha autor, que não tenha a entrevista [comigo]. É o achismo!", disse o ex-presidente.

Em outro episódio em que Sérgio Moro pediu esclarecimentos, sobre a imprensa ter noticiado que Lula desistiu da compra do imóvel no Guarujá apenas após a prisão do ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, e com a negativa, o juiz insistiu: "não foi isso que aconteceu? O senhor Léo Pinheiro foi preso, o apartamento foi descoberto pela imprensa, e aí sim o senhor, ex-presidente, resolveu...".

"O apartamento não poderia ser descoberto pela imprensa em 2014. O apartamento foi descoberto pela imprensa quando eu fui candidato à Presidência, porque eu tenho que fazer declaração de renda, doutor. E na declaração está obrigado a colocar o que a gente tem. Como eles [procuradores da Lava Jato] contaram uma primeira inverdade, eles vão morrer contando a inverdade, porque ficaram prisioneiro da imprensa", disse o ex-presidente.

Leia aqui o primeiro, o segundo e o quarto depoimento do ex-presidente.



O julgamento político de Moro contra Lula, por Patricia Faerman

Jornal GGN - Com a reação nitidamente perplexo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ouvia do juiz Sergio Moro o que ele considerava como justificativa para dirigir perguntas no caso do triplex do Guarujá sobre a AP 470, conhecida como mensalão, julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

"Eu tenho umas perguntas para o senhor para entender a sua relação com os seus subordinados e assessores. O senhor ex-presidente afirma que jamais compactou com algum dos criminosos, que não tinha conhecimento dos crimes praticados no âmbito da Petrobras no seu governo. Eu entendo aqui que perguntas a respeito de atitudes em relação a crimes praticados por subordinados, assessores ou pessoas que trabalharam na Petrobras durante o seu governo têm relevância para a formação da minha convicção judicial. Nesse aspecto, senhor ex-presidente, eu gostaria de fazer algumas perguntas sobre a sua opinião sobre o caso nominado de 'Mensalão', que foi julgado pelo STF", disse Moro.

Lula não precisou responder à inconformidade daquela pergunta no atual julgamento da primeira instância, antes que os advogados entrassem com os argumentos para destacar a incoerência. Mas não bastou: "é o juízo que vai julgar, é o juízo que entende que isso é relevante", dizia, de forma ríspida, Sergio Moro.

"Vossa Excelência, opinião sobre um julgado do Supremo Tribunal Federal? Vossa Excelência está pedindo para que o ex-presidente opine sobre um julgado, ele não é da área jurídica", insistiu o advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins. "Senhor advogado, já foi registrada a sua posição, eu vou seguir adiante, se o seu cliente entender que não deve responder, não tem condições, ele não responde", disse Moro, obtendo risos do próprio Lula, inconformado com o pedido do juiz.

"Opinião se pode discutir na Academia o julgado do Supremo Tribunal Federal, mas não num interrogatório, vossa Excelência pedir opinião de um julgamento a quem não é da área jurídica", falou Zanin.

"Essa posição da vossa Excelência de colher a opinião do interrogado acerca de um outro fato supostamente criminoso, que já foi objeto de cognição e julgamento pelo Supremo Tribunal Federal, seria mais adequado numa palestra, numa conferência, a que se convidasse o ilustre interrogando para proferir. Mas num interrogatório, eminente magistrado, isto aberra do que está disposto no artigo 187 do Código de Processo Penal, e como nós todos devemos submissão integral à lei, não é? Nós somos meres operadores do Direito, ninguém aqui tem poder soberano ou é o dono do processo ou é o legislador da hora, da ocasião, é importante que sigamos os ditames do que está escrito no exato artigo 187: indagação ao interrogando sobre os fatos delimitados que se encontram dentro do perímetro traçado pela denúncia, vossa Excelência", acrescentou Roberto Batochio.

De forma completamente exaltada, o advogado Rene Dotti, representante da Petrobras, repreendeu Zanin, e chegou a gritar: "O que que ele acha do mensalão?"

"Deve o colega com a experiência que tem saber que, na eventualidade da condenação do réu, o juízo deve fazer indagações sobre a sua personalidade. (...) Qual a opinião sobre aqueles crimes que houve e que [gaguejou] tiveram julgamento do Supremo. O julgamento é uma referência apenas, a pergunta é sobre o fato criminoso. E quer saber a opinião do fato criminoso! A opinião do mensalão! O que que ele acha do mensalão?", disse Dotti.

"Não acha nada! Ele não tem que achar nada!", respondeu Batochio. "Como não? Ele tem que dizer!", afirmou Dotti, quase obrigando Lula a responder. "Mas ele tem que dizer, ele tem que dizer, tem que dizer sim ou não", insistiu o advogado da Petrobras, gritando.
Assista, a partir dos 24:50:
Após a discussão, o juiz federal defendeu a sua autoridade para perguntar "o que entende relevante" para a sua decisão de julgador contra Luiz Inácio Lula da Silva. Em seguida, Roberto Batochio recomendou como defesa técnica que Lula não respondesse a perguntas feitas fora do 'thema probandum', fora do que está na denuncia. "Eu vou seguir a orientação dos advogados", afirmou o ex-presidente.

Moro, contudo, continuou com uma sequência de questionamentos envolvendo o mensalão, entrevistas concedidas por Lula à época dos julgamentos, e até "se o Partido dos Trabalhadores pediu desculpas ou apurou eventual responsabilidade de seus membros", seguindo uma linha, ainda que sem sustentação, nitidamente de estratégia acusatória.

"Vossa Excelência não está aqui julgando o Partido dos Trabalhadores e nem fazendo um julgamento político do governo do ex-presidente Lula. Essas perguntas me parecem pertinentes a quem quer julgar um partido, o que é competência do Tribunal Superior Eleitoral ou de quem quer fazer um julgamento político. Se continuar a mesma linha, a orientação de defesa vai ser a mesma. Qualquer outro julgamento que fosse Excelência queira fazer será um julgamento fora da lei e de natureza política", disse Zanin.

"Eu já fui julgado 3 vezes. Pelo povo brasileiro. Você lembra como que foi a campanha de 2006? A campanha de 2006 eu era triturado a cada debate da televisão sobre a corrupção. Eu fui eleito com 62% dos votos. Quando terminou o meu mandato, em outubro de 2010, quando a gente elegeu a presidenta Dilma, foi a outra aprovação minha. Mas em setembro, doutor Moro, eu alcancei 87% de bom e ótimo nas pesquisas. Então eu já fui julgado muitas vezes. Eu não posso ser julgado pelo Código de Processo Penal, numa coisa que eu fui julgado, 10 anos, 12 anos, ficar respondendo uma coisa que foi transitado em julgado. É uma decisão, não da primeira instância, de uma segunda, que vale tanto, mas da Suprema Corte, depois de 12 anos, demorou 7 anos para ser julgado. E isso foi julgado, doutor, no meio da eleição de 2012. E nós ganhamos a eleição em São Paulo. Então eu acho que eu já fui julgado tanto por isso", disse Lula, tentando, sem sucesso, findar as perguntas políticas de Moro.

"Mas a pergunta não é sobre pleitos eleitorais", rebateu o juiz. "Não, mas é sobre julgamento". "O senhor ex-presidente nem foi acusado por esses fatos", continuou Moro. "Doutor, doutor, doutor, eu não to sendo julgado pela minha relação com qualquer condenado. A relação é de cada um. A sua relação com o seu pessoal é sua, a de um advogado é dele, a minha é minha. Quando um político comete um erro, ele é julgado pelo povo. Não é julgado pelo Código de Processo Penal, ele é julgado pelo povo".

Mas o magistrado da primeira instância seguiu com as perguntas relativas a eventos políticos ou manifestações de Lula como político. A defesa do ex-presidente mais uma vez reclamou o intento do juiz. E foi Moro quem criticou as manifestações dos advogados como "cansativa". "Cansativo são as perguntas de vossa Excelência", respondeu Cristiano Zanin, informando que se Sérgio Moro seguisse com estas questões e o julgamento seguisse, ele entraria com um processo de impugnação.

Já ao final das perguntas, Moro questiona algumas manifestações públicas do ex-presidente e ações na própria Justiça, muitas delas ainda tramitando, ou seja, sem sequer obterem um resultado, interpretando-as como tentativa de intimidação de Lula contra a Lava Jato. Em uma das perguntas, Moro afirmou que delegados que realizaram a condução coercitiva do ex-presidente mencionaram que Lula disse que "seria eleito em 2018 e que se lembraria de todos eles".

O ex-presidente negou, disse não se recordar as falas no dia da coerção, mas ressaltou a improbabilidade de ter dito sequer que seria eleito em 2018, porque não estava em condições, à época do mandato, em março de 2016. "Não lembro, mas eu posso dizer agora, eu estava encerrando a minha carreira política, até porque se eu quisesse ser candidato eu seria em 2014. Mas agora, depois de tudo o que está acontecendo, eu vou dizer em alto e bom som que vou querer ser candidato a Presidente da República em 2018".

Fiscalizando todas as participações de Lula em eventos públicos partidários, Moro mencionou outro caso que interpretou como ameaça, quando o ex-presidente teria afirmado: "Se eles não me prenderem logo, eu mando prendê-los pelas mentiras que eles contam". Após explicar que se tratava de força de expressão, afirmou: "o que eu quis dizer foi o seguinte: que a História não para com esse processo. A História um dia vai julgar se houve abuso ou não de autoridade nesse caso do comportamento da Polícia Federal com o Ministério Público no meu caso", disse Lula.

"E o senhor pretende mandar prender os agentes públicos", seguiu o magistrado, na provocação.
Assista ao vídeo:
Fonte: http://jornalggn.com.br/noticia/o-julgamento-politico-de-moro-contra-lula

Da torcida pelos mais fracos.,...da sequência Globo vs Lula do mao sic mal...


Lula, o martírio e o impasse do condomínio do poder
por Roberto Bitencourt da Silva

A figura da vítima, do sujeito martirizado, perseguido e acossado pelo poder é um arquétipo muito poderoso no imaginário dos povos ocidentalizados e cristianizados.



Grandes personagens na literatura, líderes políticos icônicos e indivíduos santificados no universo religioso, são frutos daquele imaginário.
No dia a dia, quantas vezes não nos pegamos torcendo por um time de futebol mais frágil tecnicamente, por um personagem cinematográfico em posição, tendencialmente, desfavorável em relação ao meio em que se desenvolve a narrativa?
Pois é. A estrutura associada de poder nacional e gringo que manda em nosso País está conseguindo incluir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva naquele panteão vitimizado (e por isso glorificado) de personagens políticos. Deliberadamente, mas a contragosto.
A seletividade das ações judiciais, dos enquadramentos e das pautas do noticiário dos conglomerados de comunicação é por demais evidente. Somente Lula interessa. Um “demônio” a ser exorcizado.
O depoimento prestado pelo ex-presidente da República, na quarta-feira, representou mais um capítulo da seletividade judicial-midiática. Como também, da fragilidade do propósito de enquadrar Lula sob o ponto de vista da moralidade privada e criminal.
Essa operação, além de arbitrária, por nada ter sido comprovado, politicamente tem sido um tiro no pé das vestais protoudenistas da “moralidade” e do “combate à corrupção”.
Não convence a amplas parcelas da população, sobretudo a expressivas frações das classes trabalhadoras populares e medianas. E tem permitido a construção da imagem arquetípica do martirizado e perseguido. A seguir a perseguição, o ex-presidente sairá mais forte, com uma imagem divinizada.
É verdade, a seletividade e as perseguições podem satisfazer o sadismo de sabor elitista de muitos setores da sociedade brasileira, notadamente de faixas da pequena e da alta burguesia, que nunca engoliram um nordestino de origem pobre e proletária na mesa da casa grande.
Mas, isso implica em um importante impasse para o poder econômico e as oligarquias políticas: de um lado, dão sequência às ações persecutórias a Lula, suspendem as eleições e fecham de vez o País – tendo que lidar com todas as consequências possíveis, como uma acentuada instabilidade social e sanções ou desgastes na cena internacional.
Se forem realizadas eleições no ano que vem, é muito difícil que Lula não vença.
De outro lado, a estrutura de poder engole a contragosto o sapo barbudo – mantendo as eleições e a participação de Lula nelas – e procura um acordo com o ex-presidente, para tentar alcançar um meio termo entre os direitos sociais garantidos pela Constituição violada e a agenda ultrarreacionária que está impondo ao povo.
Fazer esse tipo de costura entre os de baixo e os de cima, há décadas, tem sido o feijão com arroz da prática política de Luiz Inácio. Importante frisar: os governos do ex-presidente sequer arranharam algum interesse do bloco de poder enraizado no Brasil e no exterior.
Ampliou o mercado consumidor e aqueceu a economia, em meio à elevação dos preços e das compras internacionais de commodities, dentro das linhas demarcatórias do capitalismo subordinado e dependente, subalterno na divisão internacional do trabalho.
Contudo, todas as ações e bandeiras desfraldadas pelos setores conservadores e entreguistas, na grande mídia comercial, nas entidades empresarias representativas do agronegócio e das multinacionais (Fiesp e Firjan, à frente), os bancos etc., nos últimos anos, têm demonstrado um furor privatista, colonizante e vende-pátria que ultrapassa as características da trajetória de Lula. Talvez seja incompatível mesmo com os limites conciliatórios do ex-presidente.
O impasse para o poder é claro. É decisivo acompanhar os seus cálculos e as suas iniciativas e artimanhas.
Todavia, às classes subordinadas e às forças progressistas cumpre, fundamentalmente, encetar ações que proporcionem ao Povo Trabalhador ser alçado à condição de sujeito político.
Isto é, ator com capacidade de escolha e iniciativa, organizado e mobilizado, à revelia dos arranjos do poder, para que não fiquemos como meros objetos hiperespoliados a reboque do condomínio vende pátria, antipopular, burguês e oligárquico.

Roberto Bitencourt da Silva – historiador e cientista político.


Miguel do Rosário comenta depoimento de Lula, hoje às 12:00 (daqui a pouco)


Video: Lula acusa Moro de destruir a indústria da construção


Lula a Moro: Você me criminalizou no JN


Uma pausa para uma sequência da Globo: Fachin...

Hà um ringue em que o Judiciário a reboque da Globo disputa a opinião publica e o Facin segurou a delação para ser liberada no momento oportuno de dar uma resposta a ruound, como esse  foi aplicado  neste dia 10 por Lula no lombo do  Moro. Na maior ressaca da deerrota, a Globo mandou o Facin leberar a delação que a Dilma já havia pedido que fosse liberada no momento oportuno, sendo que, sendo liberada agora, só serve mesmo para a disputa da opinião publica, mais uma vez com balse em delações feitas por presos torturados.

A Globo é o verdadeiro juiz da Lava Jato e do STF. Teori não ficaria de quatro como tem feito Facin(ho) e por isso deram um jeito de matar o homi, imagina só atrapalhar as sequências do filme da Globo...como e mesmo no nome do filme, a sim o A Lei é Para Todos (Menos para Tucanos).

Fachin e João Santana: o golpe mantém o mesmo roteiro



DCM sobre o lamentável papel desinformador da mídia, com a Globo fazendo mais uma de suas históricas edições, desta vez sua de suas costumeiras baixarias para apresentar Lula com ar de cabisbaixo e derrotado....o problema é que, com provas, Lula desnudou o esquema de vazamentos de Moro na cara do juiz e da mídia. Por Kiko Nogueira

LULA: Esse julgamento é feito pela e para a imprensa.
MORO: O julgamento será feito sobre as provas. A questão da imprensa está relacionada a liberdade de imprensa e não tem ligação com o julgamento.
LULA: Talvez o senhor tenha entrado nessa sem perceber, mas seu julgamento está sim ligado a imprensa e os vazamentos. Entrou nessa quando grampeou a conversa da presidente e vazou, conversas na minha casa e vazou, quando mandou um batalhão me buscar em casa, sem me convidar antes, e a imprensa sabia. Tem coisas nesse processo que a imprensa fica sabendo primeiro que os meus advogados. Como pode isso? E, prepare-se, porque estes que me atacam, se perceberem que não há mesmo provas contra mim e que eu não serei preso, irão atacar o senhor com muito mais força.

Integra do depoimento


Durante seu depoimento Lula desabafou e falou umas boas verdades sobre a Globo, Estadão e cia...e o Moro fez de tudo para interrompê-lo quando.....Empiricus,  dona do Anta Agonista, vista a carapuça...o JN não vai mostra né...
Nas sequências da Globo vi soldados urrando numa marcha palavras de ordem para a violencia....e uns 6 gatos pingados em frente ao Museu Oscar Niemeyer....a Globo parou a câmera em frente a um boneco de Lula....este é o filme da Globo, feito destas sequencias que exalam hipocrisia....e exala um fedor...

Uma sequência da Globo....

Assista ao video onde os soldados urram e se pergunte, independentemente da sua posição ideológica, prá que isso, se essa exibição de testosterona e terror é necessária ao depoimento de um ex-presidente..ou seria medo....


MORO: Tem um documento aqui que fala do tríplex…
LULA: Tá assinado por quem?
MORO: Hmm… A assinatura tá em branco…
LULA: Então, o senhor pode guardar por gentileza!
Sem provas, mídia constrói novo discurso contra Lula: o de que culpou Marisa | Brasil 24/7 


Uma coisa leva a outra...papos interessantes...


E o povo realizou sua obra para seu deleite....pois o filme que está sendo feito pela Globo putrefata exala ódio e não tem beleza.


Moro fez cena politica ao perguntar sobre caso já transitado em julgado e que não guardava relação com o objeto da audiência
Transmissão Brasil de Fato
Transmissão Midia Ninja
Pagina do Jornalistas Livres
Cobertura Vi o Mundo
Transmissão Paulo Henrique Amorim
O povo fez sua sequencia para sua propria obra, que não é o filme da Globo contra o Lula

Nassif: Xadrez do segundo nascimento do mito Lula



O libelo acusatório de Lula, assista o compacto
Entrevista com os advogados de defesa de Lula


Videos do depoimento


Lula faz suas considerações finais, onde sintetiza o seu depoimento que, fosse justo, não precisa durar o tempo necessário e não o tempo que durou...que a imprensa quis...

Vale a pena ver de novo



Lula: o senhor que grampeou o Youssef poderia saber mais de corrupção do que eu

Paulo Teixeira: Moro assumiu o jogo midiático para condenar Lula


Ceci Juruá: As elites brasileiras e o personagem Lula

Nassif: Xadrez do segundo nascimento do mito Lula


Lula: Power point do Dallagnol é uma caçamba onde cabe tudo


Midia em operação de guerra contra Lula

A construção do super-herói amoral nas capas de “Veja” e “IstoÉ”
Poderosas forças ocultas querem calar Lula, pois assim ficarão livres para  sangrar o povo brasileiro sem que haja uma voz que o defenda
Brasileiros e brasileiras, vc sabia que o seu dinheiro está bancando o Santander na Espanha...
Renato Rovai: O que está por trás do Dia D Lula vs Moro
Comparato: prisão  ou  interdição de Lula interessa aos EUA
Gilberto Maringoni:  Lula, Curitiba e luta de classes
Fiz aqui no FB um comentário, dizendo que em Curitiba hoje se condensa a luta de classes no país. Muitos concordaram e outros tantos discordaram. Alguns, mais grosseiros, vieram com impropérios pesados. É direito de cada um.
O que aconteceu no dia seguinte após Lula derrotar por nocaute Moro e cia...a Globo não deixou por menos e, atuando como juiz do duelo entre Lula e Moro, partiu para o jogo sujo...

Após a restauração, a revanche da Globo: o que Bruce Lee nos diria...

https://josecarloslima.blogspot.com.br/2017/05/apos-restauracao-revanche-da-globo-o.html


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